A nossa Diocese de Valença – que compreende as 26 paróquias presentes nos 09 municípios de Valença, Três Rios, Paraíba do Sul, Sapucaia, Levi Gasparian, Vassouras, Paty do Alferes, Miguel Pereira e Rio das Flores  - em comunhão com toda a Igreja Católica Apostólica de Comunhão Romana e, de modo especial, com as demais dioceses do Brasil, representadas pela CNBB-Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, prioriza nos últimos tempos a Evangelização das Juventudes. 

Um fato histórico ocorreu no último final de semana, na sede da nossa diocese: ali, por convocação pastoral de Dom Nelson Francelino Ferreira, nosso pastor, se encontraram as lideranças de todas as iniciativas de formação cristã e eclesial de nossas juventudes, atuantes entre nós. Uma rica pluralidade em busca de unidade para comunicar Jesus Cristo e o seu Evangelho às novas gerações: Pastoral da Juventude, Pastoral da Crisma, Pastoral da Iniciação Cristã e os Movimentos Eclesiais juvenis, como Shanlon, Segue-me, EAC, JUFAC, JUFRA, Emaús, ....E, nesse mesmo final de semana, a nossa diocese acolhia - em nossa Paróquia de São José Operário, de Três Rios -, pela quarta vez, a Coordenação estadual da Pastoral da Juventude.

Essa multiplicidade de iniciativas evangelizadoras pode assim se identificar sob o título e Pastoral Juvenil, que na CNBB tem como responsável o nosso bispo diocesano. É igualmente o pastor que acompanha, também a nível nacional, a Pastoral da Juventude. Esses poucos dados já são por si mesmo, fortes indicadores do lugar que as juventudes ocupam no coração da Igreja. E junta-se a isso a igual prioridade dada pela mesma CNBB, em suas atuais diretrizes, à valorização da Comunidades Missionárias. 

Comunidades Missionárias, uma categoria nova com enraizamento bíblico para o conjunto das comunidades paroquiais e novas comunidades emergentes. As CEBs-Comunidades Eclesiais de Base são, sem dúvida, a expressão mais forte da Igreja comprometida com os jovens e com os pobres, a expressão mais rica das Comunidades Missionárias. Mas, assistimos com esperança, a emergência das Novas Comunidades, a partir de movimentos eclesiais laicais, como a riqueza do Shanlon em nossa cidade. Uma tônica comum entre estas várias expressões de Comunidades Missionárias é a transmissão da fé às juventudes.

As Comunidades Missionárias com a inclusiva opção pelos jovens valorizam igualmente o protagonismo juvenil na missão eclesial; ou seja, jovens evangelizando jovens. Aurora de um laicato, não apenas piedoso, de cumprimentos religiosos, mas mais amadurecido na fé, engajado na missão da Igreja e comprometido com a construção de uma nova sociedade que se expressa na cultura da paz. Dito de forma coloquial: jovens com o coração em Deus, pés nos chão e mãos estendidas à solidariedade. 

Cristãos jovens na Igreja e no mundo! Essa pode ser a síntese da vivência e da missionariedade eclesiais. Daí, a nova categoria: Comunidades Missionárias. Não se trata, pois, de encher as Igrejas e entrar na concorrência religiosa, que fere o ecumenismo. Ao contrário, formar e congregar cristãos que sejam sal da terra e luz do mundo, como nos pede Jesus (cf. Mt 5,13-16). A Igreja não pode ser em primeiro lugar uma religião e, uma religião entre às outras, mas Comunidade de discípulos-missionários.

Assim, seguidores de Jesus Cristo, em Comunidades Missionárias, todos os cristãos, também os jovens, devemos cultivar a vida orante, a partir e com a Palavra de Deus, tendo como centro Jesus Eucarístico, e como amor-serviço, o cuidado com a vida da sociedade, especialmente dos jovens, vítimas das drogas, da violência, da crise de valores e da falta de um horizonte de futuro, em todos os aspectos, especialmente profissional; dada a politica econômica excludente que aí está. Estender as mãos, ajudar a caminhar, abrir horizontes, permitir sonhar, testemunhar a fé, rezar e esperar contra toda a esperança!

                                                     Medoro, irmão menor-padre pecador.